Face à enorme afluência de devotos e peregrinos registada nas décadas de 50 e 60, a Capelinha de Nossa Senhora da Paz, benzida e inaugurada a 15 de setembro de 1969 revelou-se insuficiente.
De forma a compensar a situação, foi então projetada a construção de “uma cave por baixo do adro e uma pequena casa de recordações, junto da oliveira que ficou como recordação do local em 1917”.
Principiaram-se então a 2 de julho de 1970, as obras da Cripta do Santuário, sendo de aplaudir a colaboração generosa dos habitantes da freguesia que “não obstante os intensos trabalhos agrícolas, participaram em peso registando-se uma média de 35 voluntários ao longo da construção”.
No dia 2 de maio de 1971, aconteceu a bênção da cripta e do respetivo altar, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, porque – nas palavras do Rev. Cónego Avelino de Jesus da Costa:
“a devoção à Virgem Santíssima deve conduzir-nos sempre ao Seu Divino Filho”.
A referida mesa do altar, carateriza-se por uma estrutura vídrica, assente sobre um enorme bloco de Quartzo (de 2,52m X 1,25m) com cerca de três toneladas e designado como o maior existente em Portugal.
Neste espaço de oração está também patente o local preciso das Aparições de Nossa Senhora da Paz.
Ler mais...Entretanto, com o passar dos anos, foram inaugurados na Cripta do Santuário inúmeros painéis de azulejo, alusivos a diversas aparições marianas. Os 4 primeiros painéis colocados, retratam as Aparições vivenciadas por Severino Alves a 10 e 11 de maio de 1917.
Já em 1972, aquando da Peregrinação Anual ao Santuário celebrada, em exclusividade, a 20 de agosto, assinalou-se a bênção e inauguração dos painéis de azulejo que revestem as restantes paredes da cripta, representando a Última Ceia, as Aparições do Sagrado Coração de Jesus em Paray-le-Monial, as Aparições de Nossa Senhora em La Salette, Lourdes, Pountmain, Fátima e Banneux, os Santuários Marianos da Peneda, Sameiro e Vila Viçosa, a Inauguração da Capelinha de Nossa Senhora da Paz e ainda dois painéis (de 0,90m X 1,80m) cada um com seu anjo em saudação à Virgem Maria, tendo o da direita a legenda “Avé Maria, cheia de graça” e o da esquerda “Por Maria a Jesus”. Celebrou-se uma nova data de referência para o Santuário de Nossa Senhora da Paz contando esta com uma grande afluência de devotos, “alguns dos quais vindos de bem longe, como camionetas de Sintra, Branca (Aveiro), Porto, Braga, Amares, etc.” – tal como retratado pelo Cónego Prof. Dr. Avelino, no número 20 do Jornal Mensagem de Paz.
